Funk – A desmoralização da música [Parte II]

Vocês se lembram do primeiro artigo “Funk – A desmoralização da música”? (confira aqui)

Pois bem, ele está de volta. Mas agora com um lixo chamado “Adestrador”, de um “poeta contemporâneo”, o “Mr. Carta”.

No dicionário Aurélio, encontramos que a palavra Adestrador é: Que ou o que adestra > Ensinar. 

Então, vamos à musica:

"Vamos fazer um ensaio com as gatinhas
Para ver se elas estão preparadas
Por favor só as preparadas
Quando eu falar cachorra: Au au
Quando eu falar gatinha: Miau
Então é mais ou menos assim
REFRÃO
Cachorra: Au au
Gatinha: Miau

Ai você pensa: “Agora a música vai começar ...”
Mas o que acontece é que simplesmente a letra repete:

Vamos fazer um ensaio com as gatinhas
Para ver se elas estão preparadas
Por favor só as preparadas
Quando eu falar cachorra: Au au
Quando eu falar gatinha: Miau
Então é mais ou menos assim
REFRÃO
Cachorra: Au au
Gatinha: Miau..."

Gente, que coisa difícil falar “au au” e “miau”. A Tininha (minha cachorrinha) e o gato da vizinha fazem isso na maior facilidade. O pior é que muita gente baixa esse tipo de música, e olha que esse é o menor dos problemas, afinal o povo consome (ouve) o lixo que quiser, mas o fazem alto, mas muito alto mesmo. Seja qual for o local, lá está ela ferindo o meu, o seu, os nossos ouvidos. Coitados.

Se você ouve esse tipo de poesia, tem todo direito de pensar: “Se eu ouço ou deixo de ouvir o problema é meu.”  Claro que é seu, porque do contrário, já estaria resolvido.

Na boa, isso não é música. É uma ofensa aos grandes compositores desse Brasil e a degradação moral em letras. É como um ciclo vicioso que tem dado um “telefone” em nossos ouvidos. Para falar a verdade, isso nem tão pouco chega perto da definição da palavra música.


Por: Jó Souza
Revisão de Texto: Josafá Santos